Um trem
Um trem na plataforma de uma pequena estação com cadeiras de
palhinha na sala de espera. Preciso, atento aos horários, o sinaleiro mudando a
cor sem pressa. Uma porteira de madeira fechando o acesso a carros e pedestres.
Café e carícias. É outono, maio, as temperaturas descem a menos de 10 graus ao
amanhecer. O pão sai quente do grande forno industrial, e da minha boca escorre
um fiapo de manteiga. O sol cega as gaivotas e os argonautas. Estou no nosso bar mais uma vez. Com meu tênis
brando e minhas meias xadrezes.
<< Home