O Caderno Lilás de Karim Blair

quinta-feira, 11 de outubro de 2012


O demônio preso no anel, o demônio preso no espelho, o demônio preso na garrafa. O metal e o vidro. A hulha e a revolução de 1750, a máquina a vapor. As tentações subalternas, que subiam até nós, o calor de outono, o calor de outubro, as cigarras transparentes, a peste negra, os olhos indóceis e as ruas difíceis, de paralelepípedos soltos e cigarros apagados no meio-fio. A disciplina das dissertações sobre a força motriz do tar mecânico. O cenário do Morro dos Ventos Uivantes. Era assim que se morria nos romances ingleses. E assim ouvia-se um desafinado violino numa casa por onde se descia dois degraus até chegar a sala.