O Caderno Lilás de Karim Blair

domingo, 13 de janeiro de 2013


Afora isso, faço colagens em uma caderneta sóbria enquanto janeiro acende sua luz de cabaré & tangos depois do vidro ácido de permanências inúteis. Ponho meu pijama mais cheio de cetins e uma flauta emerge dos seus fios. Uma folha de chá cai descuidada sobre o chão moldado a espinho, e eu a pego com complacência e ternura. É assim o sábado que antecede o sono: mais um calendário com dias riscados e durex preso nas pontas, uma fita vermelha e papel laminado. Desejo que você volte a escrever.Tem continentes inteiros submersos e não esqueça: te espero ali, na área de fumantes, dragão chinês pintado a mão. Frio, a mandrágora no canto e o moinho de roda movido a água.
Retorne. Assim, ao pé da letra.